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‘Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2026’, disse Bolsonaro a Moraes

Na audiência, o ex-presidente Jair Bolsonaro brincou com o ministro Alexandre de Moraes convidando-o para ser o seu vice nas eleições de 2026 (Foto: Felipe Sampaio – STF).

Na terça-feira (10), o ex-presidente Jair Bolsonaro fez uma ‘brincadeira’ com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, durante o interrogatório do julgamento dos atos cometidos no dia 8 de janeiro de 2023.

Réu no processo penal sobre tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022, Bolsonaro convidou o ministro, relator do caso, para ser seu vice nas eleições gerais do ano que vem.

Durante o depoimento da última terça, Bolsonaro narrava como as pessoas o tratam nas ruas e questionou o ministro Alexandre de Moraes se ele gostaria de ver um vídeo com essas imagens. Em seguida, Moraes respondeu: “Declino”.

Depois, Bolsonaro então perguntou a Moraes se podia fazer uma brincadeira e Moraes respondeu – “O senhor quem sabe. Eu perguntaria aos seus advogados”. 

Em sua pagina na Rede Social X, o antigo chefe de Estado disse que estava com “consciência tranquila e espírito sereno” quando respondeu aos questionamentos feitos pelo ministro Alexandre de Moraes mais cedo e afirmou estar “confiante” de que será o próximo presidente da República — no entanto, Bolsonaro está inelegível até 2030.

O político comunicou aos mais de 13,9 milhões de seguidores na rede social que não invocou silêncio e não buscou “subterfúgios” durante o interrogatório, mas replicou “a cada pergunta com transparência e convicção”. Segundo ele, essa seria a atitude de alguém que não teme ser questionado e “jamais se curva diante da injustiça”.  

“Hoje compareci ao Supremo Tribunal Federal com a mesma postura que sempre mantive durante toda a minha vida pública”, escreveu Bolsonaro. “De cabeça erguida, com a consciência tranquila e o espírito sereno de quem sabe que é inocente e que jamais traiu os valores da Pátria.” 

Ele elenca, então, supostas ações realizadas pelo próprio governo durante mandato presidencial e afirma que todas elas foram praticadas “com base na Constituição” e com respeito à “vontade soberana do povo brasileiro”.  

De acordo com o ex-presidente, a resposta às acusações feitas contra ele, inclusive o interrogatório pelo qual passou nesta terça, seriam parte de “luta maior” por país “livre”, “sem censura nem perseguição”.  

“A História julgará cada um de nós”, finaliza o político. “Que ela me encontre, como sempre estive, fiel à verdade, ao nosso Deus e ao povo brasileiro. Hoje, saio do tribunal tranquilo e mais confiante de que serei o próximo Presidente da República para ajudar a tirar nosso País dessa bagunça.” 

2º dia de audiência

O primeiro a prestar depoimento foi o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier. Segundo apurações da Polícia Federal (PF), o almirante teria oferecido suas tropas a Bolsonaro para apoiar as iniciativas chamdas de ‘golpistas’.

A declaração do oficial teria sido feita durante uma reunião realizada em 2022 com os chefes das Forças Armadas. Na ocasião, Bolsonaro apresentou análises que sugeriam a decretação de estado de sítio e a execução de uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com o objetivo de impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o interrogatório, o almirante negou que tenha disponibilizado as tropas da Força Aérea Brasileira (FAB) a Bolsonaro, conforme afirmou em depoimento o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Júnior. “Não houve decisões. E o presidente não nos concedeu a palavra”, declarou.

Fonte: Correio Braziliense

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