Em 20 de maio se comemora o Dia Mundial das Abelhas. E elas merecem um dia especial: afinal de contas, esses pequenos insetos também são responsáveis pela nossa sobrevivência.
“Preservar as abelhas é preservar o meio ambiente, a produção de alimentos, a economia sustentável e a vida da humanidade”, declarou Rodrigo Durieux da Cunha, coordenador de apicultura na Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – Epagri.
Algumas curiosidades sobre as abelhas
1 – Elas ajudam a garantir a vida no planeta
As abelhas prestam um serviço fundamental para a humanidade e a biodiversidade, pois são responsáveis pela polinização de aproximadamente 73% das plantas no mundo.
2 – Elas são parceiras da agricultura
Sem polinização, não temos produção de alimentos. Em Mato Grosso do Sul, o impacto econômico da apicultura vai muito além da produção de mel. Ele se reflete no ganho de produtividade de várias culturas graças ao trabalho de polinização das abelhas.
3 – O Brasil tem mais de 1,5 mil espécies de abelhas descritas
Embora a primeira imagem que muitos tenham de abelha seja da espécie africanizada, a Apis melífera, o Brasil conta com mais de 1,5 mil espécies descritas. E são as abelhas nativas sem ferrão as principais polinizadoras das matas brasileiras, contribuindo com a reprodução de 30% a 80% das espécies de plantas, dependendo do tipo de bioma.
4 – É possível criar abelhas sem ferrão
Em Mato Grosso do Sul a prática da criação de abelhas sem ferrão, meliponário, começou com estudos realizados no Parque das Nações Indigenas, no início de janeiro de 2023. A criação racional de abelhas sem ferrão.
5 – Abelha não produz só mel
Criar abelhas ainda se destina à produção de própolis, pólen, geleia real e apitoxina. Esses produtos servem de matéria-prima para as indústrias farmacêuticas, alimentícias e cosméticas e geram renda para milhares de famílias apicultoras.
6 – O néctar não é a única matéria-prima do mel
Um exemplo disso é o mel de melato da bracatinga. Ele é resultado de um fenômeno que ocorre somente em anos pares no Planalto Sul brasileiro: é quando um inseto chamado cochonilha se alimenta da seiva da bracatinga, deixando no tronco um líquido adocicado, o melato. Com ele, as abelhas produzem um mel único, mais escuro, menos doce que o mel floral e com propriedades medicinais. Em 2021, o mel de melato da bracatinga do Planalto Sul brasileiro conquistou uma Indicação Geográfica (IG). *fonte Epagri, Agraer.
Olga Mongenot