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Privação de sono acelera envelhecimento cerebral e aumenta risco de demência

Uma pesquisa recente realizada por neurocientistas do renomado Instituto do Cérebro e Mente da Western University, no Canadá, trouxe à tona uma preocupante conexão entre a quantidade de sono e a saúde cerebral a longo prazo. O estudo, que tem gerado discussões importantes na comunidade científica, aponta que a privação crônica de sono pode acelerar significativamente o envelhecimento do cérebro, elevando o risco de desenvolvimento de demência.

Os pesquisadores constataram que indivíduos que consistentemente dormem menos do que o recomendado para sua faixa etária apresentam um envelhecimento cerebral mais rápido em comparação com aqueles que mantêm uma rotina de sono adequada. Essa aceleração do envelhecimento se manifesta em mudanças estruturais e funcionais no cérebro, que se tornam mais suscetíveis a condições neurodegenerativas.

A demência, um termo que abrange diversas condições que afetam a memória, o pensamento e a capacidade de realizar atividades diárias, é uma preocupação crescente em todo o mundo. Embora fatores genéticos e estilo de vida sejam amplamente reconhecidos como influências, o estudo da Western University adiciona a qualidade e quantidade do sono como um fator de risco modificável de grande impacto.

Os mecanismos exatos pelos quais a falta de sono contribui para o envelhecimento cerebral e o risco de demência ainda estão sendo investigados, mas a hipótese predominante envolve a capacidade do cérebro de se “limpar” durante o sono profundo. É nesse período que o sistema glinfático, uma espécie de sistema de descarte do cérebro, trabalha para remover proteínas tóxicas e outros resíduos metabólicos acumulados ao longo do dia. A interrupção desse processo pode levar ao acúmulo dessas substâncias nocivas, que estão implicadas no desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

Diante desses achados, especialistas reforçam a importância de priorizar o sono como um ponto fundamental da saúde. A recomendação geral para adultos é de 7 a 9 horas de sono por noite, embora essa necessidade possa variar individualmente. Estabelecer uma rotina de sono regular, criar um ambiente propício ao descanso e evitar estimulantes antes de dormir são medidas essenciais para proteger a saúde cerebral a longo prazo.

Este estudo serve como um importante alerta para a sociedade, destacando que o sono não é apenas um período de descanso, mas um processo biológico vital para a manutenção da saúde cerebral e para a prevenção de doenças degenerativas.

Olga Cruz

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