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Saiba mais sobre as causas e o tratamento de mileoma de pele

O termo “mieloma de pele” geralmente se refere a uma manifestação rara do mieloma múltiplo, um câncer que afeta os plasmócitos na medula óssea. Diferentemente dos cânceres de pele que se originam nas células da própria pele, o mieloma de pele ocorre quando as células plasmáticas anormais do mieloma múltiplo se acumulam na pele, formando lesões ou nódulos. É importante distinguir essa condição dos cânceres de pele mais comuns, como o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.

A causa principal do mieloma de pele está ligada ao mieloma múltiplo. As células plasmáticas anormais, originárias da medula óssea, infiltram a pele. As causas exatas do desenvolvimento do mieloma múltiplo em si ainda não são totalmente compreendidas, mas fatores como idade avançada, histórico familiar da doença, exposição a certas substâncias químicas e radiação podem aumentar o risco.

Tipos

As manifestações cutâneas do mieloma múltiplo podem ser divididas em:

  • Plasmocitomas cutâneos primários: São lesões raras que se originam diretamente na pele, sem evidência de mieloma múltiplo sistêmico no momento do diagnóstico.
  • Plasmocitomas cutâneos secundários: Representam a forma mais comum de mieloma de pele e ocorrem quando o mieloma múltiplo já está presente na medula óssea e se dissemina para a pele.

As lesões podem se apresentar de diversas formas, como nódulos, placas, pápulas ou ulcerações, com cores que variam entre o vermelho, o roxo e a cor da pele.

Sintomas

Os sintomas do mieloma de pele estão diretamente relacionados às lesões cutâneas. Os pacientes podem apresentar:

  • Nódulos ou inchaços na pele;
  • Manchas avermelhadas ou arroxeadas;
  • Úlceras que não cicatrizam;
  • Dor ou sensibilidade nas áreas afetadas.

Além disso, podem estar presentes sintomas sistêmicos relacionados ao mieloma múltiplo, como dor óssea, fadiga, anemia, infecções frequentes e problemas renais.

Tratamento

O tratamento do mieloma de pele depende da extensão da doença e da presença ou não de mieloma múltiplo sistêmico. As opções de tratamento podem incluir:

  • Radioterapia: Utilizada para tratar lesões localizadas.
  • Quimioterapia: Usada para tratar o mieloma múltiplo sistêmico, o que pode também controlar as manifestações cutâneas.
  • Imunoterapia e terapias-alvo: Medicamentos que atuam no sistema imunológico ou em alvos específicos das células cancerosas.
  • Cirurgia: Em alguns casos, pode ser realizada a remoção cirúrgica das lesões cutâneas.

O tratamento é individualizado e deve ser definido por um médico especialista, como um hematologista ou oncologista, em conjunto com um dermatologista.

Dados no Brasil

Não existem dados epidemiológicos específicos sobre a incidência isolada do mieloma de pele no Brasil. Como se trata de uma manifestação rara do mieloma múltiplo, os dados geralmente estão incluídos nas estatísticas dessa doença. Estima-se que o mieloma múltiplo represente cerca de 1% de todos os tipos de câncer e 10% dos cânceres hematológicos no País.

É fundamental consultar um médico em caso de suspeita de lesões cutâneas atípicas. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para o controle da doença e a melhoria da qualidade de vida do paciente.

Olga Cruz

*Com informações de Journal of the Portuguese Society of Dermatology and Venereology, e UFBA.

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