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Simulação revela os impactos reais do Ozempic no corpo após a aplicação

Foto: Canva

Você já parou para pensar como um remédio criado para o controle da diabetes tipo 2 se transformou no segredo de celebridades em busca do corpo ideal? O Ozempic, uma injeção semanal à base de semaglutida, saiu do contexto clínico e ganhou os holofotes graças a um efeito colateral inesperado: a perda significativa de peso.

Mesmo sem aprovação oficial para esse objetivo, o medicamento virou tendência entre influenciadores e figuras públicas, despertando discussões sobre os limites entre estética e segurança médica.

Como age o ozempic no organismo

Desenvolvido originalmente para ajudar pacientes diabéticos a regular os níveis de glicose, o Ozempic atua imitando o GLP-1, um hormônio que controla a liberação de insulina e a sensação de saciedade.

Ao ser administrado, ele ativa regiões cerebrais que diminuem o apetite e retardam o esvaziamento do estômago, fazendo com que a pessoa se sinta satisfeita por mais tempo. Esse mecanismo reduz o consumo alimentar diário, o que acaba levando ao emagrecimento em muitos casos.

Os riscos do emagrecimento rápido e não supervisionado

Um vídeo explicativo do youtuber @ZackDFilms detalha o funcionamento do Ozempic no corpo: além de diminuir a fome, ele estabiliza os níveis de açúcar no sangue, reduzindo a necessidade de comer fora de hora.

No entanto, o efeito colateral mais comum é o desconforto gastrointestinal. Náuseas, vômitos e diarreia são relatados por muitos usuários, o que levanta dúvidas sobre o custo-benefício do tratamento para quem o utiliza apenas para emagrecer.

Perda de peso nem sempre significa saúde

De acordo com estudos recentes, nem toda perda de peso promovida pelo Ozempic representa um ganho real para o corpo. O pesquisador Ben Bickman, da Universidade Brigham Young, alerta que boa parte dos quilos eliminados não vem exclusivamente da gordura corporal.

Para cada 4,5 kg perdidos, cerca de 2,7 kg são de gordura, enquanto 1,8 kg correspondem a massa muscular e óssea. A preocupação maior é que, após a suspensão do uso, o corpo tende a recuperar gordura com mais facilidade do que músculos, comprometendo a composição corporal.

Mais células de gordura e efeitos a longo prazo

Outro alerta vem de estudos que apontam a possibilidade de que medicamentos como o Ozempic estimulem a criação de novas células adiposas.

Isso significa que, mesmo que o peso corporal continue menor após o fim do tratamento, a proporção de gordura no organismo pode aumentar, elevando o risco de problemas metabólicos no futuro. Trata-se de um efeito pouco conhecido, mas potencialmente perigoso.

Complicações que exigem atenção médica

Apesar de promissor para determinados casos clínicos, o uso indiscriminado do Ozempic pode causar efeitos adversos graves. Entre eles, destacam-se pancreatite, alterações na visão e comprometimento renal.

Outro ponto crítico é a perda muscular associada ao uso contínuo, que pode impactar diretamente a força, a estabilidade e a saúde óssea, principalmente em pessoas idosas ou sedentárias.

A busca por soluções rápidas tem seu preço

Enquanto o debate sobre o uso off-label do Ozempic segue em alta, uma certeza permanece: não existe milagre quando o assunto é emagrecimento saudável.

Soluções rápidas, especialmente as que envolvem interferência hormonal, podem parecer tentadoras, mas carregam riscos que muitas vezes são ignorados em nome de resultados imediatos.

Especialistas reforçam que o caminho mais seguro para manter o peso sob controle envolve alimentação balanceada, prática regular de exercícios e acompanhamento profissional.

Medicamentos como o Ozempic devem ser utilizados com orientação médica, em contextos clínicos adequados — e não como atalhos para padrões estéticos impostos. Afinal, o que se perde no espelho pode custar caro na saúde.

Veja a simulação:

Fonte: O Segredo

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