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Comunidade Tia Eva celebra conquista de anos de luta

O ano era 1905 quando uma mulher negra devota de São Benedito, com várias qualificações dentro de uma sociedade e acompanhada de três filhas, veio de Goiás para Campo Grande e fez da Capital seu lar por 21 anos. Seu nome é Eva Maria de Jesus, o qual é usado hoje, em sua homenagem, para localizar a comunidade que abriga, atualmente, seus descendentes.

A matriarca, Eva Maria de Jesus, faleceu no dia 11 de novembro de 1926. Mesmo com a perda de uma mulher que lutava pelas causas sociais, a comunidade manteve a força de vontade para levar melhor qualidade de vida para todas as famílias que vivem na região quilombola, por isso uma luta foi iniciada por essa conquista. Conquista essa, que após anos, teve vitória confirmada na noite de segunda-feira (11), durante cerimônia em memória dos 98 anos de seu falecimento.

Foi assinado um protocolo de intenções com a comunidade quilombola Tia Eva, que irá garantir a construção de unidades habitacionais por meio da Agência de Habitação Popular do Estado de Mato Grosso do Sul (Agehab), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforme Agrária (Incra).

Hoje presidente da comunidade, Rodolfo Jefferson da Silva externa com muita gratidão uma conquista de todos que ali residem.

“A assinatura desse termo é muito significante, especial, e além de tudo, na data que celebramos a memória da Tia Eva. E ver esse salão cheio é a confirmação da necessidade de uma ampliação de casas para nossa gente. Isso tudo se dá por um trabalho não só nosso, mas também do Governo Federal, Estadual e também o Incra, pelos quais tenho muita gratidão”, disse Rodolfo.

Durante a cerimônia estiveram presentes também a diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani Lopez, o superintendente do Incra, Paulo Roberto da Silva, a secretária estadual da Cidadania, Viviane Luiza da Silva, e subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Vânia Lucia Batista Duarte.

“É muito importante o espirito das pessoas de querer fazer acontecer. Então pensamos nesse protocolo em parceria com vocês, para que o sonho de muitas famílias aqui pudesse se tornar real em breve. O que posso dizer hoje, é que, mesmo não tendo um número exato de unidades que serão construídas, todo mapeamento será feito, e esse trabalho de inclusão e justiça será concluído com qualidade e responsabilidade”, comentou Maria do Carmo.

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