A escritora e crítica cultural paulista Heloisa Buarque de Hollanda, de 83 anos, foi eleita, na última quinta-feira, 20, como nova imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Ela vai ocupar a cadeira de número 30, antes de Nélida Piñon, que faleceu em dezembro do ano passado. Nélida foi, aliás, a primeira mulher a presidir a ABL. Ao entrar para a instituição, Heloísa se torna a décima mulher eleita na história da Academia.
Nascida em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, ela se mudou na infância para o Rio de Janeiro, onde estabeleceu sua carreira acadêmica. Professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Heloísa se formou em Letras pela PUC-Rio antes de fazer doutorado na UFRJ e pós-doutorado em Columbia, Nova York.
A escritora e pesquisadora é referência na temática que relaciona cultura e desenvolvimento em periferias. Um de seus projetos educacionais mais conhecidos é a Universidade das Quebradas, no qual conecta artistas periféricos e o meio acadêmico. Entre os livros assinados por ela estão O Feminismo como Crítica da Cultura; Feminista, Eu?; Escolhas, uma Autobiografia Intelectual; Macunaíma, da Literatura ao Cinema e Guia Poético do Rio de Janeiro.
Outra votação está marcada para a próxima quinta-feira, 27, onde o quadrinista Mauricio de Sousa, o filólogo Ricardo Cavaliere e o jornalista James Akel disputam para assumir a vaga deixada por Cleonice Berardinelli.
Vale lembrar que Heloísa não tem parentesco com o cantor Chico Buarque de Hollanda.