Ela raramente afeta seres humanos. Essa é a primeira certeza sobre a gripe aviária. No entanto, para o agro, a gripe aviária pode ser devastadora, levando prejuízos gigantes para a cadeia produtiva dessa proteína animal, igualmente para os produtores de carne e de ovos. A gripe aviária é uma doença altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres.
O Brasil é o único país entre os grandes produtores mundiais de frango que nunca registrou a influenza aviária em seu território. O país está livre por ora e tem feito por merecer. Um robusto trabalho sanitário nas fronteiras, incluindo aeroportos, vem barrando a entrada da doença no Brasil.
A doença é causada pelo vírus influenza A, do tipo H5N1, H5N8, H7N9 ou H9N2, que afeta aves domesticadas e silvestres. Também pode afetar humanos, embora seja raro.
O Brasil nunca registrou casos da gripe, mas desde 2021, focos da doença vêm sendo registrados em várias partes do mundo, como Polônia, Ucrânia, Rússia, Itália, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Portugal, Espanha e França. Na América do Sul já foram registrados casos no Peru, Colômbia, Chile, Venezuela e, nesta semana, no Uruguai e Argentina.
Entre os sintomas estão problemas respiratórios, desencadeando espirros, tosse e corrimento nasal nesses animais. A gripe provoca queda de postura, na produção de ovos e/ou alterações nas cascas dos ovos, e hemorragias nas pernas e às vezes nos músculos do animal.
São várias as medidas de proteção às granjas. Entre elas, manter 3 km de distância de uma granja para outra entre aquelas que possuem aves não industriais (aves de subsistência, ornamentais, aquáticas, principalmente de criações de aves de múltiplas espécies e idades). Isolar e controlar o acesso de pessoas às granjas. Criar barreiras, cercas para evitar trânsito de animais silvestres nas granjas. Fazer o controle de pragas e tratar a cama dos frangos e galinhas.
O tratamento para aves infectadas pelos vírus, infelizmente não existe tratamento. Por ser altamente transmissível, os animais infectados ou que tiveram contato com os animais doentes devem ser sacrificados. Além disso, é preciso fazer o descarte adequado das carcaças e as granjas devem ser desinfectadas.
Nos raros casos de contaminação humana, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe comum, como febre, dor de garganta, mal-estar, coriza e tosse seca. Geralmente, os sintomas começam a aparecer de dois a oito dias após o contato com o vírus. O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos e remédios para náuseas. Em alguns casos, o médico pode recomendar o uso de antivirais. É importante procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Redação