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AINDA ESTAMOS AQUI!

Dia 3 de fevereiro a Casa da Mulher Brasileira completou 10 anos de sua instalação em nossa capital, e me passou um filme pela cabeça, afinal, sou voluntária na defesa dos direitos da mulher e combate à discriminação e a violência há quase 20 anos.

Primeiro o abaixo assinado para que fosse criada a primeira delegacia da mulher e depois para que ela funcionasse 24 horas, contando como primeira delegada Roseli Molina que com pulso firme conduziu com competência até hoje reconhecida nos meios policiais.

Nessa jornada cabe lembrar algumas mulheres com quem ombreamos as ações e projetos, tais como as conselheiras municipais dos direitos da mulher que desde 1999 na sua criação fiscalizam as políticas públicas voltadas ao combate da violência e apresentam propostas, realizam ações voltadas ao fortalecimento da presença da mulher nos espaços de poder e decisão.

Dentre elas quero citar as ex-presidentes Maria Neuci Ferreira Rocha, Vera Lucia Amorim Costa, Josenita Cabral Silva Santo, Alelis Izabel de Oliveira Gomes, Marcia Regina Ledesma, Maria Daisi da Silva Pinheiro, Rosimeire Leal de Oliva e in memorian:  Glaucia Silva Leite, Cleuzenir de Araujo Bento – Nininha e Mara de Azambuja Salles. 

Não posso deixar de citar a atual diretoria do Conselho, saudando a todas as conselheiras que de forma voluntária não medem esforços para participar das ações nas comunidades, levando conhecimento e acolhimento para nossas mulheres, Marcia Paulino que representa a SEMU, Cleuza Vasconcelos-Rede Feminina de Combate ao Câncer, Ianê Geny Milan da BPW-Associação Internacional de Mulheres de Negócios e Profissionais e Claudia Cafure-Grupo Ipê Rosa em nome de quem reverencio todas as conselheiras e suas entidades e secretarias.

Muitas mulheres desempenharam papeis importantes na efetividade dessa política pública, iniciada em Campo Grande e que é referência nacional e internacional, como Cida Gonçalves, ministra da Mulher, que naquela oportunidade estava na secretaria da mulher em Brasília e teve participação decisiva e importante para a implantação em nossa capital da 1ª. CMB 

E naquela oportunidade da instalação da CMB em Campo Grande, ocupava a Secretaria Municipal Liz Derzi e a primeira superintendente da CMB, Eloísa Castro Berro, a promotora Luciana Rabelo, a defensora Graziele Carra Dias, hoje corregedora em Brasília, Carla Charbel Stephanini, Secretaria da Mulher por muitos anos, a quem sempre dediquei muito respeito pela sua postura à frente daquela Casa.

E outras mulheres aguerridas que ainda estão atuando na casa da Mulher Brasileira, como a Dra.  Jacqueline Machado, juíza titular da 3ª. vara de violência doméstica, Gilcemara da FUNSAT, Cleide Rodrigues da Costa e a querida Tai Loschi, ambas na administração por longos anos.

E aquelas que passaram pela Secretaria Municipal da Mulher, como  Maritza da Silveira Cogo e também a saudosa Leidy Pedrosa que nos deixou há alguns anos. A Psicóloga Ana Maria Silva Ferreira, em cujo nome presto homenagem a todas as técnicas do setor psicossocial, que considero a “alma” da CMB, pois  não medem esforços para prestar o melhor serviço e acolhimento para nossas mulheres, durante 24 horas ininterruptas.

Em 2015 na sua instalação se ouvia o descrédito de que a convivência entre as entidades diversas não vingaria e estava fadada ao fracasso, não tinha expectativa de sequer alcançar o segundo ano. E realmente enfrentamos desafios gigantescos.

E chegou a passar pelo risco de fechar, sem servidores para funcionar 24 horas, difícil, mas, a prefeitura municipal assumiu a administração e realizou concurso público para o corpo técnico e administrativo e hoje a harmonia entre as entidades através de um colegiado gestor é uma realidade.

Hoje temos os serviços todos funcionando, a administração da prefeitura municipal pelas mãos de Adriane Lopes e da atual secretaria executiva da Mulher Angélica Fontanari, trazendo uma gestão moderna e eficiente.

A CMB tem sido uma referência para outras Casas pelo país e delegações estrangeiras tem vindo visitar a casa e conhecer sua forma de gestão e o trabalho desenvolvido.

Ideal seria não precisarmos de uma Casa da Mulher Brasileira, aliás, sequer falar em violência contra a mulher, mas os números não reduzem, a violência contra a mulher é uma verdadeira epidemia e temos que fortalecer essa política pública.

Cabe a toda a sociedade continuar o combate a violência e a discriminação contra as mulheres, divulgando o telefone de número 180,  e, buscar a mudança de paradigmas.

E quando se olha para esse tempo que passou, podemos parafrasear Walter Salles, “Ainda estamos aqui” e seguimos plantando tâmaras, divulgando os serviços de apoio e aprimorando as políticas públicas, sociedade civil e governo irmanados e atentos, sem medo de ser feliz!

Dra. Iacita Azamor Pionti

Advogada e Superintendente da Casa da Mulher Brasileira de Campo Grande-MS

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